O CRO-SC cumprimenta o colega Andre Weissheimer, por ter assumido neste ano como diretor clínico do Programa de Pós-Graduação em Ortodontia da Universidade Harvard, em Boston, nos Estados Unidos, onde também é professor do Departamento de Ortodontia. Seu início acadêmico aconteceu na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, onde se graduou em odontologia e fez especialização em ortodontia e ortopedia facial.
Segundo ele, a conquista da posição representa anos de amor e dedicação à profissão, que incluem mestrado e doutorado em odontologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e residência em ortodontia na University of Southern California (USC), o que representa 12 anos de intensa formação na área. “O corpo docente dessas universidades me guiou e inspirou a ser um ortodontista americano, pela mais recente certificação e assumo esta posição de liderança e docência com o objetivo de elevar o padrão de excelência clínica no curso de pós-graduação em Ortodontia de Harvard e desenvolver inovação e tecnologia que beneficie milhares de pacientes pelo mundo”, afirmou.
Para Weissheimer, o corpo docente da UFSC foi fundamental na sua trajetória até Harvard, pois a formação sólida adquirida nos cursos de graduação e principalmente a especialização em ortodontia foi a base da sua trajetória profissional. A paixão pela ortodontia se iniciou ainda na graduação, inspirado pelos professores da disciplina e a especialização foi um divisor de águas na sua vida profissional. “Em 2005, o curso contava com uma infraestrutura de primeiro mundo e um corpo docente extraordinário: professores Arno Locks, Roberto Rocha, Gerson Ribeiro, Luciane Menezes, Carla Derech, Daltro Ritter e Marcio Cardoso,” relembra, enfatizando que o diferencial do curso era o treinamento clínico sólido, que incluía diversas técnicas ortodônticas e o atendimento a pacientes do NAPADF (Núcleo de Atendimento a Pacientes com Deformidades Faciais). Ele diz que aprendeu a tratar casos complexos com técnicas avançadas, e que a dedicação e cuidado ao paciente são ainda mais importantes do que qualquer técnica. “Os tratamentos realizados pelos professores e alunos da especialização no NAPADF fizeram a diferença na vida de muitas pessoas e me sinto orgulhoso de ter feito parte dessa história”, reforça.
Para os jovens que estão iniciando a carreira em odontologia, ele indica buscar bons mentores e ter objetivos claros de médio e longo prazo. A clássica pergunta “Quem eu quero ser em cinco anos?” é um guia não apenas para selecionar no que se focar, mas principalmente para saber ao que renunciar, pois o cuidado e a atenção ao paciente vêm sempre em primeiro lugar. “Num mundo onde o modismo e o imediatismo parecem predominar, é fundamental buscar uma formação sólida e dominar os conceitos básicos, já que o aprimoramento de técnicas é um processo que demanda tempo e a excelência vem da dedicação e da paciência”, reitera.
Já para quem busca uma experiência internacional, Weissheimer destaca que esse processo exige muita disposição para viver fora da zona de conforto, sendo necessário, primeiramente, estudar e se tornar fluente em inglês, pois estar confortável com o idioma é essencial; procurar por bons programas de pós-graduação, preferencialmente CAPES nível 5, que tenham parcerias com universidades no exterior e participar de congressos internacionais para estabelecer networking. Na Odontologia, existem profissionais que podem ajudar nesta experiência, como o programa Revalida USA, criado pelo cirurgião-dentista Leonardo Koerich, também graduado em Odontologia pela UFSC, e que hoje atua nos EUA e ajuda brasileiros no processo de revalidação do diploma.