O presidente do CRO-SC, Wilson Andriani Júnior, reuniu-se ontem (23) com Roberto Henrique Benedetti, secretário adjunto da Secretaria de Estado da Saúde, e Levy Hermes Rau, diretor do Plano de Saúde dos Servidores (DPSS/SEA) a fim de pedir apoio à proposição de lei estadual para implantação de odontologia hospitalar nas UTIs públicas e privadas de SC. Presente também à reunião, pelo CRO-SC, o advogado Josué Ledra Leite.
Wilson Andriani Júnior discorreu sobre a importância da adoção da lei em Santa Catarina, a exemplo de outros estados, por ser esta uma medida que salva vidas e pode reduzir o tempo de internação em UTIS, garantindo mais saúde, integridade e bem-estar aos pacientes.
O presidente do CRO-SC entregou estudos comprovando a redução de custos com pacientes internados por longos períodos. “Estamos trabalhando para sensibilizar o poder executivo para o grande risco das infecções com origem oral se transformarem em pneumonias, que é a principal complicação associada aos cuidados de saúde na UTI, e pode ser prevenida com protocolos de higiene oral e remoção de focos infecciosos de origem odontológica, entre outras medidas”, comentou Andriani, que vem se reunindo com secretários e parlamentares para conversar sobre o tema.
Protocolos específicos
A Odontologia Hospitalar, juntamente com a equipe de enfermagem, é responsável por elaborar e executar protocolos de higiene oral, específicos conforme necessidade de cada paciente. Mas, principalmente, realizar procedimentos de diagnósticos de lesões orais e tratamentos odontológicos, na alta complexidade em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Além de realizar capacitação e treinamento de higiene oral com a equipe de enfermagem (enfermeiros e técnicos de enfermagem). Em relação as Pneumonia Associada à Ventilação (PAV), a Odontologia Hospitalar é capaz de diagnosticar e tratar, por exemplo, pacientes em situação de intubação, sangramentos, ressecamento dos lábios e da mucosa oral, quadros de babação, traumas orais por mordedura e candidíase oral.