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Odontologia tem papel essencial na qualidade de vida de pessoas com Síndrome de Down 

Especialista destaca cuidados odontológicos fundamentais para o bem-estar desses pacientes.

Em 21 de março, celebra-se o Dia Mundial da Síndrome de Down, uma data instituída pela ONU para conscientizar sobre a importância da inclusão e dos cuidados que promovam a qualidade de vida das pessoas com essa condição. Nessa jornada, a Odontologia tem um papel fundamental para proporcionar saúde bucal e bem-estar a esses pacientes. 

O atendimento odontológico a pessoas com Síndrome de Down pode ser realizado por qualquer cirurgião-dentista devidamente inscrito no Sistema Conselhos de Odontologia. No entanto, casos mais complexos devem ser conduzidos, preferencialmente, por um cirurgião-dentista especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais. Atualmente, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) possui o registro de 908 especialistas na área. 

Essa especialidade, prevista na Resolução CFO 22/2001, visa o diagnóstico, prevenção, tratamento e controle dos problemas de saúde bucal de pacientes com maior complexidade em seu sistema biológico, psicológico ou social, sempre em integração com outros profissionais de saúde. 

Outro avanço importante foi a Resolução CFO 167/2015, que normatiza o agendamento e o atendimento prioritário a pessoas com necessidades especiais ou mobilidade reduzida em consultórios e clínicas odontológicas. 

Cuidados essenciais no atendimento odontológico 

O Guia de Atenção à Saúde Bucal da Pessoa com Deficiência, publicado pelo Ministério da Saúde em 2019, destaca medidas importantes para o atendimento de pacientes com Síndrome de Down. O documento recomenda: 

  • Realizar uma anamnese completa, com levantamento de alterações sistêmicas e tratamentos médicos concomitantes, especialmente para verificar condições cardíacas; 
  • Reduzir o tempo de permanência na cadeira odontológica para evitar cansaço; 
  • Ter cuidado na estabilização da cabeça e do tronco, evitando movimentos bruscos e flexão ou extensão excessiva do pescoço, devido à possível instabilidade atlantoaxial

De acordo com a cirurgiã-dentista Adriana Zink, especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, é essencial que, ao surgirem dúvidas sobre a condição de saúde do paciente, o cirurgião-dentista entre em contato com o médico responsável.  

“Além desses cuidados especiais, é importante individualizar as orientações de acordo com a faixa etária, promovendo visitas preventivas regulares e orientações continuadas aos pais e cuidadores para garantir uma saúde bucal adequada”, orienta a especialista. 

Garantir uma saúde bucal adequada é um gesto de cuidado e amor, contribuindo diretamente para a autoestima e qualidade de vida das pessoas com Síndrome de Down. 

*Com informações do CFO. 

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