O Conselho Federal de Odontologia (CFO) solicitou ao Procurador-Geral da República, Antônio Augusto Brandão de Aras, o cumprimento da prioridade na vacinação dos profissionais da Odontologia. A preocupação do CFO está voltada para a ausência de coordenação federal na imunização adequada dos profissionais de Odontologia, bem como ao quadro de escassez dos imunizantes – aquisição e distribuição das doses.
Segundo o Presidente do CFO, Juliano do Vale, é inaceitável que pessoas fora dos grupos de risco sejam imunizadas antes mesmo de grupos que atuam na linha de frente contra a pandemia, como os trabalhadores da saúde, dentre eles, profissionais de Odontologia. “Solicitamos à Procuradoria Geral da República que adote as medidas necessárias para assegurar esse cumprimento da ordem de vacinação, considerando o que está previsto na Campanha Nacional de Vacinação Contra a covid-19”, ressaltou.
Para Juliano do Vale, é preciso certificar que a vacina seja aplicada ao grupo seguinte somente após a imunização integral de todas as pessoas do grupo anterior. “Recebemos registros diários de profissionais de Odontologia, o que confirma o noticiado pela imprensa nacional, de que não há medidas efetivas de acompanhamento e na fiscalização dos grupos com elevado risco de contaminação pelo novo coronavírus. Com isso, é possível afirmar prejuízo à saúde de Cirurgiões-Dentistas e equipe pela não observância das fases sequenciais da Campanha Nacional de Imunização”, destacou.
O CFO reforçou junto aos Conselhos Regionais de Odontologia a necessidade de tomada de providencias no mesmo sentido. O trabalho busca conduzir real efetividade às diligencias lançadas pela Procuradoria Geral da República. É importante ressaltar que a argumentação do CFO tem como base a medida liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal, que reafirma a inexistência de clareza quanto à operacionalização da aplicação da vacinação contra a covid-19.
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