O senador catarinense Jorginho Mello e o secretário especial da Casa Civil, Paulo Bauer, receberam ontem (11), em Brasília, a presidente e o diretor secretário do CRO-SC, Sandra Silvestre e Orlando Campos, que foram, juntamente com o CFO representar os Conselhos de Odontologia, solicitar apoio para que a portaria 2.117/2019, do MEC sobre ensino a distância possa ser alterada. Do CFO estavam o presidente Juliano do Vale e o tesoureiro Luiz Evaristo Volpato.
A referida portaria preocupou os presidentes e diretores de Conselhos e do CFO por deixar apenas a medicina fora do ensino EaD e permitindo que 40% de disciplinas importantes da odontologia, como anestesiologia e cirurgia, sejam ministradas a distância, deixando a população em risco por não haver possibilidade desse tipo de formação atingir sua excelência com base em preceitos metodológicos sem acompanhamento presencial.
A medida acentuou a apreensão, por ser consenso nos Conselhos Regionais e Federal o fato de ser fundamental que os profissionais da área da saúde tenham convívio prático com os pacientes ainda em ambiente acadêmico. “A saúde da população não pode ser penalizada com EaD, e vamos lutar contra esse tipo de curso”, afirmou a presidente Sandra Silvestre que, juntamente com Orlando Campos, argumentou que a odontologia, da mesma forma que a medicina, entre outras importantes profissões da área, tem seu exercício regulamentado por relacionar-se com a qualidade de vida e bem-estar da comunidade e, portanto, exige acompanhamento presencial na formação dos cirurgiões-dentistas.
Ambos foram receptivos ao pedido e Paulo Bauer já se comprometeu em favor do pleito para que a formação do conhecimento teórico-prático-clínico odontológico não seja prejudicado com a portaria editada pelo Ministério da Educação. A tratativa prevê barrar, inclusive, o credenciamento de cursos EaD no MEC, em período de inscrição.